Recentemente, suspeitos utilizaram nove ônibus para obstruir a estrada do Itanhangá, nas comunidades Muzema e Tijuquinha, zona oeste da cidade, a fim de dificultar uma operação policial do Bope. Essa ação visava evitar um confronto entre milicianos e traficantes do Comando Vermelho, sem resultar em feridos ou prisões.
Para combater esses incidentes, o sindicato Rio Ônibus já utiliza um sistema de notificação de assaltos e vandalismo, em que os motoristas informam sobre eventuais crimes durante o trajeto. Além disso, o governo determinou o reforço do policiamento na região do Itanhangá, com a inclusão de 48 policiais, 10 viaturas e 16 motocicletas do Batalhão Tático de Motociclistas.
O porta-voz do Rio Ônibus destacou a importância da colaboração entre as empresas de transporte e a polícia, afirmando que as informações sobre ocorrências nos ônibus podem ser repassadas para a realização de ações policiais mais efetivas. Essa parceria é crucial para garantir a segurança dos passageiros e prevenir novos incidentes.
Ao longo dos últimos 12 meses, 132 veículos foram sequestrados por criminosos e utilizados como barricadas, enquanto oito foram criminosamente incendiados e 1.750 foram vandalizados, resultando em um prejuízo de R$ 22,6 milhões para o setor de transportes. Ainda há um ano, 35 ônibus e um trem foram incendiados em resposta à morte de um líder miliciano.
Diante desse contexto, o debate sobre a segurança nos ônibus do Rio de Janeiro ganha ainda mais relevância, com a necessidade de implementação de medidas eficazes para combater a violência e proteger a população que depende desse meio de transporte. A utilização do GPS e a intensificação do policiamento são passos importantes nesse sentido.