O Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, representante dos estudantes de medicina, afirmou que é responsabilidade deles garantir que a paralisação ocorra de fato. Eles estão unidos para impedir que as aulas aconteçam, assegurando assim que as reivindicações dos alunos sejam atendidas.
Até agora, apenas a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA), a Faculdade de Odontologia (FOUSP), a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e a Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) não se manifestaram sobre adesão ou apoio à greve.
A adesão dos estudantes de medicina à greve da USP fortalece ainda mais o movimento. Alunos da Escola Politécnica e da Faculdade de Direito também decidiram apoiar a greve em assembleia, com ampla participação dos estudantes.
Uma reunião entre representantes dos diretórios acadêmicos e a reitoria da universidade está marcada para a tarde de quinta-feira (28). No entanto, o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior não estará presente, pois está em viagem à Europa, com retorno previsto para o dia 3 de outubro.
O movimento de greve na USP começou no dia 18 de setembro, quando alunos dos cursos de letras e geografia pretendiam realizar um protesto contra a falta de professores. A partir desse dia, diversas faculdades aderiram à greve e suspenderam suas atividades.
A Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) foi uma das primeiras a suspender suas atividades, devido ao temor de invasões nos prédios. Estudantes de outros cursos da FFLCH decidiram então apoiar a paralisação.
Os estudantes da FFLCH exigiram a liberação dos prédios, a saída dos agentes de segurança dos espaços estudantis, o agendamento de uma reunião entre a reitoria e os alunos e uma retratação pública do diretor do espaço, Paulo Martins. Os três primeiros pontos foram atendidos, porém Martins se recusou a pedir desculpas por suas atitudes e isso gerou revolta entre os estudantes.
A manifestação dos estudantes da Faculdade de Medicina da USP mostra que a greve continua ganhando força e cada vez mais cursos aderem ao movimento. Resta aguardar a reunião entre os representantes dos diretórios acadêmicos e a reitoria para acompanhar os desdobramentos desse protesto.