Barbosa ressaltou a importância de entender que a vacina disponível atualmente contra a dengue requer duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. Dessa forma, a vacina não é considerada uma ferramenta para controlar a transmissão no momento atual, sendo a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti a principal forma de controle da doença.
O diretor-geral da Opas também mencionou que o laboratório japonês Tateka, responsável pela produção da vacina Qdenga, possui capacidade limitada de fabricação de doses. Ele apontou o Brasil como o país das Américas que mais conta com doses disponíveis da vacina no momento.
Além disso, Jarbas destacou a importância de os sistemas de saúde na região monitorarem o cenário da vacina, uma vez que ainda há limitações nos dados de eficácia para o sorotipo 3 da dengue, devido à baixa circulação do mesmo no período em que os estudos foram conduzidos.
O diretor-geral também mencionou os avanços da vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, que se encontra na fase 3 de estudos clínicos. Ele ressaltou que essa vacina, administrada em dose única, pode ser uma contribuição positiva em cenários de transmissão acelerada da doença, porém prevê que só estará disponível em 2025.
Com essas informações, fica evidente a complexidade e o tempo necessário para o controle efetivo da dengue por meio da vacinação, mesmo com avanços científicos e tecnológicos importantes nesta área. A atuação conjunta dos países das Américas e o monitoramento constante da situação são essenciais para o combate eficaz da doença.
