A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, destacou que os índices de propagação da doença estão muito acima do esperado para esta época do ano e continuam crescendo de forma acelerada. Ela estima que os casos inseridos no sistema nas últimas semanas representem apenas metade do que está realmente acontecendo na prática. Diante desse cenário preocupante, a Secretaria de Estado de Saúde tem intensificado as ações de treinamento no manejo da dengue para médicos e enfermeiros dos municípios, além de fornecer suporte e orientação para as autoridades locais.
Em 2023, o estado do Rio de Janeiro registrou 51.171 casos e 25 mortes por dengue, um aumento significativo em comparação ao ano anterior, quando foram notificadas 11.432 ocorrências. As regiões que mais preocupam neste momento são as Baixadas Litorâneas e a região Metropolitana I, que inclui a Capital e a Baixada Fluminense. A superintendente de Informação Estratégica em Vigilância e Saúde da SES-RJ, Luciane Velasque, destacou que a incidência da doença nessas áreas está muito acima do esperado para este período.
No município do Rio de Janeiro, 23.542 casos de dengue foram notificados em 2023, e 492 novos casos já foram registrados em 2024, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A incidência da doença é especialmente alta na região de Campo Grande e Guaratiba, onde quase mil casos de dengue foram registrados para cada 100 mil habitantes em 2023.
Diante desse cenário, é crucial intensificar os esforços para a eliminação de focos de mosquitos transmissores da dengue e coleta de amostras de casos suspeitos, visando um controle eficaz dessa grave situação de saúde pública.
