As espécies invasoras podem ser encontradas em diversas formas, desde plantas aquáticas até mosquitos que transmitem doenças. No total, existem cerca de 37 mil espécies exóticas no mundo, das quais menos de 10% são consideradas invasoras, causando impactos negativos nos ecossistemas e na qualidade de vida. A rápida expansão das atividades humanas, juntamente com o crescimento populacional e a mudança climática, aumentarão ainda mais as invasões biológicas no futuro.
Atualmente, apenas 17% dos países possuem leis ou regulamentos para combater as espécies invasoras. Os cientistas ressaltam que, independentemente de ser acidental ou proposital, a responsabilidade pela introdução de espécies não nativas é sempre dos seres humanos. A propagação dessas espécies é um reflexo da influência da atividade humana no meio ambiente, o que levou à criação de uma nova época geológica chamada Antropoceno.
Alguns exemplos notáveis de espécies invasoras são o aguapé no lago Vitória, que foi introduzido na África como uma planta ornamental pelas autoridades coloniais belgas em Ruanda, e os coelhos na Nova Zelândia, trazidos pelos colonos ingleses no século 19. No caso dos coelhos, arminhos foram importados para controlar sua população, mas acabaram atacando aves endêmicas e causando sua extinção.
No entanto, nem todas as introduções de espécies invasoras foram intencionais. O mar Mediterrâneo, por exemplo, está repleto de peixes e plantas não nativas, como peixes-leão e algas vindas do mar Vermelho através do canal de Suez.
Em geral, a Europa e a América do Norte são as regiões com as maiores concentrações de espécies invasoras, principalmente devido ao volume de comércio. É crucial que medidas sejam tomadas para controlar e prevenir a introdução de espécies invasoras, a fim de minimizar os danos aos ecossistemas e à economia global.
Essas informações foram divulgadas pela IPBES e revelam um problema urgente que precisa ser enfrentado pela humanidade. O controle das espécies invasoras é essencial para a preservação dos ecossistemas e para garantir um futuro sustentável para o planeta.