O sistema de proteção contra enchentes da capital gaúcha é descrito como robusto, eficiente e fácil de operar e manter, mas os especialistas ressaltam que ele não recebeu as intervenções necessárias após a última inundação. Construído originalmente para prevenir catástrofes, como a enchente de 1941, o sistema de proteção contra cheias de Porto Alegre é composto por diques de terra, muros de contenção, comportas e casas de bombas.
No entanto, os especialistas afirmam que o sistema tem vazamentos e não funciona adequadamente devido à falta de manutenção. Durante a inundação de setembro de 2023, as deficiências ficaram evidentes, mas não foram sanadas, segundo o grupo de profissionais.
Entre as medidas emergenciais recomendadas pelos especialistas estão o vedamento das comportas do muro e da avenida Castelo Branco com sacos permeáveis, a instalação de ensecadeiras nas casas de bombas, o fechamento hermético das tampas violadas dos condutos forçados, a reenergização eletricamente das casas de bombas e o uso de bombas volantes de grande vazão para drenar a cidade.
Além disso, os especialistas indicaram a necessidade de o Departamento Municipal de Água e Esgoto consertar e substituir as comportas do sistema, regularizar o funcionamento das casas de bombas, retomar o Plano de Desenvolvimento da Drenagem Urbana, completar, aperfeiçoar e manter o Sistema de Drenagem Urbana, e estudar alternativas para ampliar e aprimorar os sistemas de proteção contra enchentes na região metropolitana de Porto Alegre.
Portanto, a população de Porto Alegre deve ficar atenta às medidas emergenciais e às ações a serem implementadas no futuro para garantir a segurança e o bem-estar diante de possíveis inundações.