Especialistas alertam para a necessidade urgente de transição energética diante do aquecimento global e desastres climáticos crescentes.

Especialistas apontam que o mundo está enfrentando um dos maiores desafios de sua história: a transição energética para uma economia de baixo carbono, a fim de evitar os desastres climáticos provenientes do aquecimento global. O ano de 2023 foi considerado o mais quente já registrado no mundo, com uma média de 1,48ºC acima do período pré-industrial. Diante desse cenário alarmante, o Acordo de Paris de 2015 estabeleceu a meta de tentar impedir que o aquecimento global ultrapasse 1,5ºC para evitar consequências ainda mais graves.

No Brasil, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou que o ano de 2023 foi o mais quente da série histórica, com uma média de temperaturas de 24,92°C, 0,69°C acima da média histórica. Neste contexto, Claudio Angelo, coordenador de Comunicação e Política Climática do Observatório do Clima, ressalta a urgência de um plano de ação imediato para a transição energética, com os países ricos abandonando os combustíveis fósseis, seguidos pelos países em desenvolvimento.

Angelo destaca a necessidade do declínio radical das emissões globais, principalmente provenientes da queima de combustíveis fósseis e do desmatamento. Ele alerta que a temperatura pode cair temporariamente com o fim do El Niño, porém, a ultrapassagem do limite de 1,5ºC terá consequências permanentes e devastadoras para o planeta.

Branca Americano, especialista sênior do Instituto Talanoa, também destaca a importância da transição energética e aponta o desmatamento como a principal fonte de gases do efeito estufa no Brasil. Ela ressalta a necessidade de acabar com o desmatamento e promover a agricultura de baixo carbono.

Além da transição energética, outro componente urgente apontado pelos especialistas é a necessidade de adaptação. O mundo terá que aprender a enfrentar eventos extremos, como enxurradas e secas, e a planejar um cotidiano levando em consideração as mudanças climáticas.

Diante desse cenário crítico, fica evidente a necessidade de uma ação imediata e conjunta por parte dos países e das empresas para mitigar as emissões de gases do efeito estufa e promover a transição para uma economia de baixo carbono. A urgência dessa transição se mostra cada vez mais evidente diante dos impactos devastadores que o aquecimento global já está causando em todo o mundo.

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