Por outro lado, 1.792 escolas estaduais, correspondentes a 76,5% do total de 2.340 escolas públicas gaúchas, já retomaram suas atividades normalmente. A pasta informou que 1.059 escolas foram afetadas pelas enchentes em 248 municípios, com alguns estabelecimentos sofrendo danos físicos diretos na infraestrutura e outros servindo como abrigo temporário para famílias desabrigadas.
Além disso, algumas escolas acabaram ficando isoladas e enfrentando problemas de acesso. No total, estima-se que 378.981 estudantes tenham sido impactados pelas enchentes, com 566 escolas danificadas e 217.396 estudantes matriculados nestes locais.
Diante desse cenário, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a flexibilização do calendário escolar no estado, dispensando as escolas do ensino fundamental, médio e superior de cumprir o mínimo de dias efetivos de trabalho, desde que respeitem a carga horária mínima anual. Para a educação infantil, a dispensa vale tanto para os dias efetivos quanto para a carga horária mínima.
Em Porto Alegre, cerca de 40 mil alunos do ensino infantil estão voltando às aulas progressivamente. Na última segunda-feira (27), 26 unidades de ensino reabriram, com mais 21 previstas para os próximos dias. O secretário municipal de Educação, José Paulo da Rosa, estima que os outros 40 mil alunos restantes retomem as atividades aos poucos.
Em meio a esse processo de retorno, a comunidade escolar enfrenta desafios, como reconstruir escolas que foram completamente destruídas pelas enchentes. O secretário municipal de Educação de Porto Alegre destaca a importância do retorno às aulas para minimizar os prejuízos causados aos estudantes, principalmente em um momento de recuperação do déficit de aprendizado decorrente da pandemia.
Para famílias como a de Martim Alexandre, um aluno autista do ensino infantil, a volta às aulas representa uma oportunidade de retomar a rotina e o convívio com colegas e professores. A mãe, Amanda Rocha Mendonça, relata a importância da escola na vida do filho e o impacto positivo que o retorno às aulas teve em sua vida.
Neste contexto de superação e reconstrução, as comunidades escolares do Rio Grande do Sul buscam se reerguer e garantir o direito à educação de seus estudantes, mesmo diante dos desafios impostos pelas enchentes que assolaram o estado.






