Além disso, o MP-SP descobriu que Elisson mantinha relações financeiras com Antônio Carlos Amorim de Oliveira, outro membro da Guarda Civil Metropolitana. Antônio Carlos é acusado de fazer parte de um grupo de GCMs que estaria atuando como milícia para extorquir dinheiro de comerciantes. Entre outubro de 2020 e abril de 2021, Antônio Carlos recebeu R$ 103.019,00 em créditos e enviou R$ 106.266,21 em débitos. Já entre junho e dezembro de 2021, os valores envolvidos aumentaram significativamente, com créditos de R$ 3.269.782,48 e débitos de R$ 3.461.436,00.
O MP-SP alega que Antônio Carlos praticou atividades de lavagem de dinheiro, recebendo diversos depósitos em espécie de empresas localizadas em estados distantes de São Paulo. Além disso, ele transferiu uma quantia significativa para contas em outras instituições, totalizando R$ 875 mil. Há também indícios de que Antônio Carlos coordenava as ações da milícia e que os GCMs repassavam dinheiro em espécie dos comerciantes para ele, em troca de proteção.
Os investigadores também descobriram que foram feitos depósitos para policiais militares e civis que estariam envolvidos no esquema. Todos os envolvidos estão sob investigação, e o MP-SP continua apurando essas práticas ilegais, que envolvem não apenas GCMs, mas também outros agentes da segurança pública.