Escândalo na GCM de São Paulo: Guardas civis envolvidos em esquema de milícia e lavagem de dinheiro através do Pix

O guarda civil metropolitano Elisson está envolvido em uma série de transações financeiras suspeitas, conforme apontado pelo Ministério Público de São Paulo. De acordo com as investigações, Elisson recebeu um total de 18 transações via Pix, no valor de R$ 22.194,50, de uma mulher ligada a outro GCM. Essa mesma mulher realizou 53 transações via Pix, totalizando R$ 106.166,12, e ambos declararam os mesmos endereços comerciais, revelando um vínculo entre eles.

Além disso, o MP-SP descobriu que Elisson mantinha relações financeiras com Antônio Carlos Amorim de Oliveira, outro membro da Guarda Civil Metropolitana. Antônio Carlos é acusado de fazer parte de um grupo de GCMs que estaria atuando como milícia para extorquir dinheiro de comerciantes. Entre outubro de 2020 e abril de 2021, Antônio Carlos recebeu R$ 103.019,00 em créditos e enviou R$ 106.266,21 em débitos. Já entre junho e dezembro de 2021, os valores envolvidos aumentaram significativamente, com créditos de R$ 3.269.782,48 e débitos de R$ 3.461.436,00.

O MP-SP alega que Antônio Carlos praticou atividades de lavagem de dinheiro, recebendo diversos depósitos em espécie de empresas localizadas em estados distantes de São Paulo. Além disso, ele transferiu uma quantia significativa para contas em outras instituições, totalizando R$ 875 mil. Há também indícios de que Antônio Carlos coordenava as ações da milícia e que os GCMs repassavam dinheiro em espécie dos comerciantes para ele, em troca de proteção.

Os investigadores também descobriram que foram feitos depósitos para policiais militares e civis que estariam envolvidos no esquema. Todos os envolvidos estão sob investigação, e o MP-SP continua apurando essas práticas ilegais, que envolvem não apenas GCMs, mas também outros agentes da segurança pública.

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