Do total de R$ 26 bilhões previstos para o corte, o plano contempla efetivamente a revisão de R$ 19,9 bilhões em cadastros. Os R$ 6,1 bilhões restantes virão de realocações internas de verbas nos ministérios que terão gastos com o Bolsa Família, pessoal e o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) retornando ao nível de 2023. Essa diminuição dos gastos obrigatórios possibilitará mais recursos para os gastos discricionários.
A revisão dos gastos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) prevê uma economia significativa, com destaque para os R$ 7,3 bilhões provenientes da revisão nos gastos do Atestmed, sistema de concessão de auxílio-doença por meio de atestados médicos digitais. Além disso, medidas cautelares e administrativas contribuirão com mais R$ 1,1 bilhão de economia.
Outro ponto destacado é a revisão no Benefício de Prestação Continuada (BPC), que visa economizar R$ 6,4 bilhões no próximo ano. Deste valor, R$ 4,3 bilhões virão da atualização do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e R$ 2,1 bilhões serão resultado da reavaliação de perícias.
Durante a coletiva de imprensa para anunciar as medidas, o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Sergio Firpo, ressaltou que as projeções são conservadoras e admitiu a existência de incertezas nos números apresentados. Ele destacou a possibilidade de a economia ser maior do que o previsto devido a essas projeções cautelosas.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, enfatizou que as ações anunciadas são apenas o primeiro passo e que o governo está aberto a tomar medidas adicionais se necessário. Em relação às projeções para 2024, Durigan mencionou que o ritmo de revisão de gastos está positivo e acima do esperado, demonstrando otimismo em relação às ações em andamento.