Recentemente, as enchentes voltaram a assolar o Rio Grande do Sul, causando mortes e destruição em diversas localidades. As fortes chuvas que inundaram Porto Alegre e os vales dos rios Caí e Taquari deixaram um rastro de devastação, impactando a vida dos moradores e a infraestrutura das cidades afetadas.
O estado gaúcho não está sozinho nesse cenário desafiador. De acordo com a pesquisa do IBGE, 30,7% de todas as cidades brasileiras também registraram enxurradas ou inundações bruscas no mesmo período. No entanto, é importante ressaltar que o Rio Grande do Sul teve uma das maiores porcentagens de municípios afetados, ocupando a sexta posição entre os estados brasileiros.
Além disso, a pesquisa revela que as enxurradas ou inundações bruscas são mais comuns em regiões com bacias de médio ou pequeno porte, intensificando-se em áreas com relevos acentuados. Esses fenômenos naturais ocorrem de maneira rápida e imprevisível, causando danos materiais e humanos mais intensos do que nas enchentes graduais.
É preocupante também o fato de que muitos municípios ainda não contam com medidas eficazes de gestão de riscos de desastres decorrentes de enchentes, enxurradas ou inundações. No Rio Grande do Sul, por exemplo, 28,2% das cidades não possuíam nenhum tipo de ação preventiva em 2020. No cenário nacional, esse percentual foi ainda maior, atingindo 44% do total de municípios brasileiros.
Diante desse panorama, torna-se fundamental investir em políticas públicas voltadas para a prevenção e o enfrentamento de desastres naturais, garantindo a segurança e o bem-estar da população em todas as regiões do país. A conscientização ambiental e a adoção de práticas sustentáveis também se mostram essenciais para mitigar os impactos das mudanças climáticas e proteger o meio ambiente para as futuras gerações.