Entregadores de aplicativo realizam protesto após agressão em condomínio na região central de São Paulo.

No último dia 29 de julho, entregadores de aplicativo realizaram um protesto na região central de São Paulo, em frente ao condomínio onde um deles diz ter sido agredido. A manifestação contou com a participação de dezenas de motoboys, que fizeram um “buzinaço” e atiraram pedras contra a portaria do edifício, chegando a quebrar uma vidraça.

O motivo do protesto foi um vídeo divulgado em grupos de entregadores, no qual um jovem com a boca ensanguentada relata a agressão que teria ocorrido na noite anterior. Segundo sua versão, ele teria buzinado ao passar de bicicleta pela calçada, o que irritou um morador que se encontrava em frente ao prédio com sua namorada. O entregador afirma ter sido xingado e ter recebido um soco no rosto quando se aproximou do agressor, que em seguida teria quebrado um vidro da portaria antes de se refugiar no interior do condomínio.

O vídeo, que também circulou nas redes sociais, termina com o jovem convocando outros entregadores para protestarem no local. Até o momento, no entanto, nenhum boletim de ocorrência foi registrado sobre o incidente, nem pelo entregador agredido, nem pelo condomínio.

Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Polícia Militar foi acionada em razão do protesto por volta das 16h15 de sexta-feira. No entanto, o grupo se dispersou ao perceber a chegada da viatura e ninguém foi detido.

Esse protesto é mais um exemplo das crescentes tensões entre entregadores de aplicativo e moradores. No vídeo divulgado, o entregador agredido relata ter sofrido violência física enquanto exercia sua função, o que reforça a necessidade de garantir a segurança e o respeito aos direitos desses profissionais.

Além disso, é importante destacar que essa não é a primeira vez que ocorrem protestos de entregadores de aplicativo em São Paulo. Há meses, esses trabalhadores têm se mobilizado em busca de melhores condições de trabalho e pagamento justo. Um dos principais pontos de reclamação é a falta de garantia do salário mínimo, além da precariedade das condições de trabalho e ausência de benefícios sociais.

A situação demanda a atenção das autoridades e também das empresas de aplicativos, que devem buscar uma solução para as demandas dos entregadores e promover um ambiente seguro e justo para essa categoria. Enquanto isso não acontece, é possível que mais protestos e conflitos como esse continuem a ocorrer.

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