O furto ao Banco Central aconteceu nos dias 5 e 6 de agosto de 2005, e foi considerado o maior da história recente do Brasil, levando um total de R$ 164,8 milhões (cerca de R$ 445 milhões, em valores corrigidos pela inflação). O acusado foi preso por policiais da 1ª Delegacia Patrimônio (Investigações sobre Roubo e Latrocínio), ligada ao Departamento de Investigações Criminais (Deic) na capital paulista.
Morais fugiu da penitenciária IPPOO 2, em Itaitinga (CE), em fevereiro de 2011, quando foi resgatado por um grupo armado, junto com outros acusados do assalto ao Banco Central e mais oito presos. Ele passou a ser monitorado pelo setor de inteligência do Deic e foi encontrado no shopping em Sorocaba, no bairro Parque Reserva Fazenda Imperial.
Após a prisão, ele foi levado para a sede do Deic na região do Carandiru, na zona norte de São Paulo, em um carro descaracterizado da polícia. Além disso, as autoridades cumpriram um mandado de busca e apreensão no imóvel onde a companheira do acusado morava, em um condomínio de Salto, cidade vizinha a Sorocaba.
O histórico assalto contou com a participação de mais de 30 pessoas e surpreendeu a polícia pela engenhosidade da quadrilha. Os ladrões invadiram a caixa-forte do banco por meio de um túnel de cerca de 80 metros de extensão, revestido de madeira e lona plástica, com sistema de iluminação elétrica e ventilação. Eles perfuraram o piso de 1,1 metro de espessura da caixa-forte.
A ação criminosa inspirou o filme “Assalto ao Banco Central” em 2011, que contou os bastidores do roubo, e recentemente a Netflix produziu um documentário sobre o caso, chamado “3 Toneladas – Assalto ao Banco Central”, com três episódios. Marcos Rogério Machado de Morais foi preso e aguarda as próximas etapas do processo judicial em São Paulo.
