A avaliação de desempenho é equiparável à aplicada aos estudantes do ensino regular e foca nos reeducandos que concluíram o ensino médio. Composto por quatro provas totalizando 180 questões e uma redação em língua portuguesa, o Enem PPL exige preparação e capacitação por parte dos participantes.
Segundo Diego Ferracini Lacerda, diretor do Grupo de Capacitação, Aperfeiçoamento e Empregabilidade da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, órgão vinculado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a preparação para o Enem visa criar condições favoráveis para a participação no exame, ampliando as chances de um bom desempenho.
“A entrada no ensino superior contribui para mais oportunidades de inclusão e permanência no mercado de trabalho, ocupando melhores vagas e com remuneração maior. As notas alcançadas nas provas poderão ser utilizadas para acesso em instituições públicas e privadas, abrindo novos horizontes para o desenvolvimento pessoal e comunitário”, explicou Lacerda.
Além das aulas do ensino regular, oferecidas pelas escolas vinculadoras, a SAP, por meio de um Acordo de Cooperação com o Instituto SEB, promoveu um cursinho preparatório específico para a prova, com aulas a distância que contaram com a participação de 1.142 pessoas privadas de liberdade e em medida de segurança, distribuídas em 33 unidades.
A realização do Enem PPL é coordenada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e, além de auxiliar no acesso à universidade, também contribui para a análise da educação como um todo. Com a realização do exame nos presídios, a oportunidade de reintegração social e educacional se torna mais tangível para os detentos.