Enem PPL: Número de inscritos aumenta 11% em presídios de São Paulo em 2023; exame é realizado nesta terça e quarta.

O Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL) teve início nesta terça e quarta-feira nos presídios do estado de São Paulo. Com um aumento de quase 11% no número de inscritos em relação ao ano passado, 21.721 presos participarão do exame, que possibilita o acesso ao ensino superior por meio de iniciativas como o Sisu, Prouni e Fies.

A avaliação de desempenho é equiparável à aplicada aos estudantes do ensino regular e foca nos reeducandos que concluíram o ensino médio. Composto por quatro provas totalizando 180 questões e uma redação em língua portuguesa, o Enem PPL exige preparação e capacitação por parte dos participantes.

Segundo Diego Ferracini Lacerda, diretor do Grupo de Capacitação, Aperfeiçoamento e Empregabilidade da Coordenadoria de Reintegração Social e Cidadania, órgão vinculado à Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), a preparação para o Enem visa criar condições favoráveis para a participação no exame, ampliando as chances de um bom desempenho.

“A entrada no ensino superior contribui para mais oportunidades de inclusão e permanência no mercado de trabalho, ocupando melhores vagas e com remuneração maior. As notas alcançadas nas provas poderão ser utilizadas para acesso em instituições públicas e privadas, abrindo novos horizontes para o desenvolvimento pessoal e comunitário”, explicou Lacerda.

Além das aulas do ensino regular, oferecidas pelas escolas vinculadoras, a SAP, por meio de um Acordo de Cooperação com o Instituto SEB, promoveu um cursinho preparatório específico para a prova, com aulas a distância que contaram com a participação de 1.142 pessoas privadas de liberdade e em medida de segurança, distribuídas em 33 unidades.

A realização do Enem PPL é coordenada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e, além de auxiliar no acesso à universidade, também contribui para a análise da educação como um todo. Com a realização do exame nos presídios, a oportunidade de reintegração social e educacional se torna mais tangível para os detentos.

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