Segundo associações do setor, está previsto o fechamento dos estabelecimentos e a suspensão do aluguel de sombrinhas por algumas horas em diversos dias de agosto. O objetivo é aumentar a pressão sobre o governo e chamar a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos empresários de praia.
Os empresários alegam que confiaram nas leis do estado que permitiam investimentos sem restrições, mas agora se veem diante de um governo que não está cumprindo suas promessas. A pressão da União Europeia para revogar as concessões de gestão de praias concedidas décadas atrás tem gerado conflitos e resistência por parte dos empresários.
A Comissão Europeia tomou medidas contra a Itália em 2020, quando o governo aprovou uma lei estendendo as concessões até 2033, em desacordo com as exigências da UE. O governo de Mario Draghi concordou em encerrar as concessões existentes e realizar novos leilões em 2023, mas a falta de continuidade política prejudicou a implementação das reformas.
Com a chegada de Meloni ao poder, a validade das concessões foi estendida até o final de 2024. No entanto, a comissão europeia rejeitou a justificativa do governo italiano sobre a disponibilidade de praias livres e pressionou por mudanças.
Enquanto os municípios preparam novas licitações e planos de compensação para os empresários afetados, os donos de empresas de praia exigem uma política nacional que garanta compensações equivalentes a dois anos de faturamento. A falta de regulação nesse cenário tem gerado tensões e incertezas para o setor.
Diante do impasse, o presidente da União Italiana de Empresários de Praia, Antonio Capacchione, ressalta a importância da justiça e da proteção dos empresários que estão prestes a perder seus negócios. A situação nas praias italianas reflete um cenário de instabilidade e conflito, enquanto as negociações entre o governo e os empresários continuam em andamento.
