Segundo a advogada do empresário, ele foi vítima de uma quadrilha que já havia trocado as etiquetas das malas de duas brasileiras presas na Alemanha pelo mesmo motivo. Essas mulheres, Katyna Baía e Jeanne Paolini, passaram mais de um mês na prisão antes de serem libertadas. A defensora afirmou ainda que seu cliente é um empresário de sucesso, com diversas empresas em diferentes países, e jamais se envolveria com tráfico de drogas.
O empresário e sua esposa possuem tripla nacionalidade: líbia, brasileira e turca. Eles viviam no Brasil, mas decidiram retornar à Líbia, país de origem do empresário. Em outubro de 2022, eles partiram do Brasil em um voo da Turkish Airlines, despachando diversas bagagens. Antes de chegarem à Líbia, fizeram uma parada em Istambul, onde o empresário possui uma empresa.
Tudo parecia tranquilo, até que o empresário decidiu retornar à Turquia para tratar de seus negócios. Ao chegar no aeroporto de Istambul, ele foi detido sem maiores explicações. Foi somente no dia seguinte, após contatar uma advogada, que ele descobriu que estava sendo acusado de tráfico internacional de drogas. A advogada afirmou que seu cliente acredita ter sido vítima da mesma quadrilha que causou a prisão das brasileiras na Alemanha.
De acordo com a advogada, as malas com a cocaína foram despachadas quatro dias após a partida do empresário e sua esposa do Brasil. Ela alega que houve uma falha de segurança tanto no aeroporto quanto na companhia aérea, já que uma bagagem não pode viajar sem passageiro, de acordo com o Código Brasileiro Aeronáutico.
Como consequência desse drama, o empresário está impossibilitado de administrar suas empresas como deveria e acumula prejuízos. Além disso, ele não vê sua esposa e seus filhos desde maio, pois a esposa possui um mandado de prisão na Turquia. O caso apresenta semelhanças com o das brasileiras presas na Alemanha, o que levanta suspeitas de que se trata da mesma quadrilha envolvida nos dois casos.
As autoridades turcas solicitaram informações sobre a esposa do empresário em julho de 2023, porém, as imagens não estavam mais disponíveis devido ao tempo decorrido. No entanto, descobriu-se que as etiquetas das malas de Malak foram retiradas e reutilizadas nas malas com droga, resultando na apreensão dos 43 quilos de cocaína em seu nome.
A concessionária responsável pelo aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, afirmou que o manuseio das bagagens, do check-in até a aeronave, é de responsabilidade das companhias aéreas. A Turkish Airlines foi questionada sobre o caso e está verificando as informações.
A situação do empresário líbio continua indefinida, com a expectativa de um julgamento no final deste mês. Enquanto isso, ele aguarda um desfecho para poder voltar à sua vida normal e retomar suas atividades empresariais.