Após oito meses de detenção, a Justiça determinou sua soltura e, seis meses depois, ele foi absolvido de todas as acusações. Mesmo inocentado, Bispo relata que continua sofrendo os efeitos negativos de sua prisão indevida, enfrentando dificuldades como a impossibilidade de obter seguro para seu veículo e o cancelamento de seu visto americano.
Em entrevista, o empresário expressou seu receio de ser injustamente associado ao PCC, sendo rotulado como criminoso sem nunca ter cometido nenhum delito. Ele atribui sua situação ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), alegando que promotores desprezaram testemunhos que comprovavam sua inocência.
Meses depois, Bispo foi novamente detido após um recurso do Ministério Público, que o acusava de extorsão a membros da Transcap. No entanto, a juíza responsável pelo caso não encontrou provas suficientes para incriminá-lo, absolvendo-o das acusações. O empresário chegou a relatar momentos de desespero durante sua estadia no sistema prisional e recusou uma proposta de delação premiada feita pelos promotores.
A Promotoria afirmou que a denúncia contra Bispo se baseou em indícios investigativos, mas que durante o processo não foram produzidas provas contundentes para sua condenação. Enquanto isso, a Secretaria da Administração Penitenciária informou que o empresário foi liberado em abril de 2023, sem registros anteriores em sua ficha criminal.
Diante de todo o ocorrido, a vida de Valter da Silva Bispo foi impactada negativamente, mesmo após sua absolvição, evidenciando os prejuízos de uma prisão injusta e as consequências de uma falsa acusação.