De acordo com informações divulgadas pela empresa, serão restaurados 16 mil hectares de vegetação, com a utilização de espécies nativas do bioma, ao longo de um período de 15 anos. O investimento realizado pela Microsoft nesta transação não foi divulgado, mas a expectativa é de que seja significativo.
A re.green já adquiriu metade das terras necessárias para o projeto, localizadas no sul da Bahia e no Maranhão, próximas à fronteira com o Pará. As atividades de restauração nestas áreas já tiveram início, demonstrando o comprometimento da empresa com a iniciativa.
Fundada em 2022, a re.green é uma empresa de “climate tech” que recebeu um investimento de R$ 385 milhões com o objetivo de restaurar 1 milhão de hectares nos próximos 20 anos. Esta meta representa aproximadamente 10% do objetivo oficial do Brasil de reflorestar 12 milhões de hectares até 2030.
Os créditos de carbono são fundamentais como uma representação monetária da redução de CO2 na atmosfera. Com a certificação, os compradores têm a possibilidade de compensar as emissões de gases de efeito estufa ao longo de um período determinado.
A re.green está em busca de compradores que buscam créditos de carbono de “alta qualidade”. Nos últimos anos, o mercado de carbono passou por desafios relacionados à credibilidade, principalmente devido à baixa diversidade de espécies nas áreas de reflorestamento e ao aumento do desmatamento em algumas regiões.
O CEO da re.green, Thiago Picolo, destaca a importância de aderir a padrões de qualidade rigorosos e elogia o programa de redução de carbono da Microsoft como referência global para a remoção de carbono de alta integridade.
A utilização de tecnologia, inteligência artificial e algoritmos pela re.green tem como objetivo reflorestar áreas que terão um impacto significativo no meio ambiente. A escolha da Mata Atlântica se deve ao fato de ser o bioma mais desmatado do país e pela importância de sua restauração.
Segundo Bernardo Strassburg, um dos fundadores da re.green, a Mata Atlântica é crucial para a preservação da biodiversidade e do sequestro de carbono. A empresa pretende atrair grandes clientes, como a Microsoft, por meio de práticas de governança, transparência e a garantia de créditos de alta qualidade.
A colaboração com a Microsoft começou antes do lançamento da re.green e representa um passo significativo para a empresa no mercado de carbono. A expectativa é de que a empresa amplie suas operações para o mercado internacional, especialmente na Europa, onde os preços da tonelada de carbono são mais altos.