Emissora é processada por reportagem que colocou rapaz em perigo de morte após ser confundido com estuprador.

Em um recente processo de indenização contra uma emissora de televisão, um rapaz relatou à Justiça que sua vida se transformou em um verdadeiro inferno após a veiculação de uma reportagem. Segundo o jovem, ele passou a ser ameaçado por criminosos da região em que vive devido às informações divulgadas no programa.

O rapaz contou que, logo após ser liberado pela polícia e retornar para sua residência, foi surpreendido por duas motos estacionadas em frente à sua casa. Ele teria escutado alguém proclamando: “Olha ele lá, vamos pegar o Jack”. Com medo, o rapaz afirmou ter entrado em um ônibus para conseguir escapar da situação.

De acordo com o relato apresentado à Justiça, os familiares do jovem tiveram que ir até líderes criminosos da região para mostrar o boletim de ocorrência com as informações corretas, pois o rapaz já estaria “jurado de morte” devido às falsas acusações veiculadas na reportagem.

Por sua vez, a emissora se defendeu alegando que a matéria exibida era baseada em informações fornecidas pela polícia e que tinha interesse público, pois se tratava do flagrante de prisão de um suspeito de estupro. Alegaram ainda que a transmissão ao vivo teve o intuito de informar os moradores locais sobre os acontecimentos para que pudessem se proteger.

Diante desse cenário, o processo segue em andamento, com ambas as partes apresentando seus argumentos e evidências para que a Justiça possa determinar um desfecho para o caso. A repercussão desse episódio levanta importantes questões sobre a responsabilidade e o impacto das informações divulgadas pela mídia na vida das pessoas.

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