Em Dubai, importante centro de conexões da região e lar do segundo aeroporto mais movimentado do mundo, voos foram atrasados devido a inundações e fortes ventos, impactando diretamente o deslocamento de pessoas e comprometendo as operações aeroportuárias.
Um grupo de empresários liderado pelo ex-governador paulista João Doria, que esteve em reuniões no emirado e na Arábia Saudita, enfrentou contratempos com a decolagem do Airbus A380 da Emirates, que ocorreu com cinco horas de atraso. Outras complicações surgiram em voos com destino a Moscou, aumentando o caos nos aeroportos da região.
As ruas de Dubai foram tomadas pela água, deixando turistas e moradores isolados em shoppings e hotéis. O Pro Tour de Skate Street, evento esportivo em Dubai, teve suas semifinais adiadas devido às condições climáticas adversas, mostrando como as chuvas inesperadas impactam até mesmo os eventos programados.
Apesar de estar localizado em um deserto, os Emirados Árabes Unidos têm sido frequentemente surpreendidos por tempestades intensas nos primeiros meses do ano, o que pode estar relacionado às mudanças climáticas globais. A região enfrenta desafios com infraestrutura e sistemas de drenagem da água, como evidenciado pelas inundações e deslizamentos de terra.
O país mantém um programa controverso de incentivo à chuva, que envolve bombardear nuvens com substâncias químicas para provocar precipitação. No entanto, as recentes chuvas não estão relacionadas a esse programa e devem continuar nos próximos dias, aumentando a preocupação com os impactos das mudanças climáticas.
Os Emirados Árabes Unidos, que foram unificados em 1971, possuem uma economia baseada no petróleo, mas têm investido em iniciativas para uma matriz energética mais limpa. Eventos como a COP28 em Dubai destacaram os esforços do país em caminhar em direção à sustentabilidade, apesar dos desafios enfrentados pela dependência histórica do petróleo na região.
Com a Arábia Saudita como grande ator na região, as discussões sobre transição energética e redução das emissões de carbono ganham destaque, mas ainda enfrentam críticas devido às contradições na política energética dos países produtores de petróleo. A presença marcante da indústria do petróleo ainda se faz sentir nas paisagens urbanas e na economia desses países, refletindo os desafios da transição para uma economia mais sustentável.
