EMEI Família Feliz sofre com terceira inundação em nove meses e enfrenta desafios para reabrir após estragos das enchentes.

No interior do Rio Grande do Sul, a cidade de Muçum volta a sofrer com as enchentes que assolam a região. Em meio a esse cenário desolador, a Escola Municipal de Educação Infantil Família Feliz foi inundada pela terceira vez em nove meses, deixando a população local preocupada e sem perspectivas de retorno às atividades escolares.

Localizada a 115 quilômetros da capital gaúcha, a cidade de Muçum, banhada pelo rio Taquari, já tinha sido atingida pelas enchentes nos meses de setembro e novembro do ano passado, e novamente neste ano. A EMEI Família Feliz, que atende crianças de quatro meses a quatro anos, ficou submersa em todas as ocasiões, enfrentando os estragos causados pela força das águas.

Mesmo após uma árdua obra de reestruturação, a escola estava adaptada para possíveis situações de cheia, porém, as novas enchentes causaram danos significativos, atingindo a estrutura, a rede elétrica e hidráulica, conforme relato da secretária municipal de Educação, Jucéli Baldasso. A pracinha construída no pátio da escola, com grama sintética e parquinho, foi destruída, impossibilitando o uso das crianças.

Com a necessidade de realocação dos alunos, a EMEI Pingo de Gente passa a atender temporariamente os bebês e crianças da Família Feliz, enquanto a prioridade agora é reabrir a EMEF Castelo Branco. Esta escola, que também foi afetada pelas enchentes, havia concluído obras de reconstrução duas semanas antes das novas chuvas, mostrando a vulnerabilidade das estruturas diante dos eventos climáticos extremos na região.

A população de Muçum ainda se recupera das consequências das cheias históricas, que trouxeram devastação e colocaram o município em estado de calamidade. A falta de energia elétrica persiste, deixando as famílias em situação precária, com a necessidade de expulsar o barro de dentro das casas e se aglomerar em locais com geradores para carregar celulares e conectar na internet.

Diante do cenário desolador, o prefeito Mateus Trojan aponta que a área urbana de Muçum é majoritariamente inundável e destaca a dificuldade de transferência para regiões mais altas. O plano é realocar cerca de 30% dos locais mais propensos a inundações, visando minimizar os impactos das cheias recorrentes na região.

A população local luta para se reerguer após as tragédias, tendo que lidar com as marcas deixadas pela natureza implacável. Porém, a solidariedade e união entre os moradores e as autoridades locais são elementos essenciais para superar os desafios e reconstruir Muçum diante das adversidades climáticas que ameaçam a região.

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