Embaixada russa acusa autoridades francesas de recusarem cooperação sobre detenção de empresário Durov, criador do Telegram, há 10 anos

A embaixada russa em Paris acusou as autoridades francesas de falta de cooperação em relação ao caso de Pavel Durov, fundador do aplicativo de mensagens criptografadas Telegram, que foi detido em Paris. Segundo a embaixada, as autoridades francesas se recusaram a explicar as razões da detenção e não colaboraram com o acesso consular e a proteção dos direitos de Durov.

Pavel Durov deixou a Rússia há 10 anos, após ter sido pressionado pelas autoridades russas devido ao lançamento da VK, uma rede social concorrente do Facebook que ele fundou. Em uma entrevista recente, Durov revelou que a ideia de criar um aplicativo com mensagens criptografadas surgiu justamente por causa da pressão que sofreu na Rússia. Ele vendeu a VK em 2014 e deixou o país em busca de um ambiente mais acolhedor para seus negócios.

Após passar por diversas cidades, Durov se estabeleceu em Dubai, onde elogiou o ambiente de negócios e a neutralidade do emirado. Ele destacou o sucesso do Telegram, que conta com 900 milhões de usuários mensais e tem previsão de ultrapassar 1 bilhão de usuários ativos em breve.

Em Dubai, o Telegram conseguiu evitar as regras de moderação estatais, em um momento em que outras plataformas enfrentam pressão da União Europeia e dos Estados Unidos para combater conteúdos ilegais. Apesar disso, o aplicativo tem sido criticado por permitir a disseminação de informações falsas, conteúdos de ódio e até mesmo materiais terroristas.

Com grupos de discussão com capacidade para até 200 mil pessoas, o Telegram tem sido acusado de facilitar a propagação de discursos de ódio e conteúdos prejudiciais. Apesar dos desafios, Durov segue firme com sua plataforma e busca continuar expandindo sua base de usuários ao redor do mundo.

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