Duelo feminino entre Sheinbaum e Gálvez promete confronto frontal entre diferentes estilos na política mexicana

As eleições presidenciais no México estão se aproximando e um duelo feminino está em destaque. Claudia Sheinbaum e Xóchitl Gálvez são candidatas à presidência e prometem protagonizar um confronto frontal entre dois estilos diferentes de liderança.

Claudia Sheinbaum, neta de avós judeus que deixaram a Bulgária e a Lituânia, é uma ex-prefeita que se define como uma menina de 1968, época marcada por lutas sociais. Ela é uma física aparentemente reservada, mas sua origem da burguesia intelectual de esquerda da capital a torna uma defensora dos mais pobres, especialmente as comunidades indígenas. Sheinbaum também destaca os bons resultados macroeconômicos de seu mentor, o atual presidente López Obrador.

Por outro lado, temos Xóchitl Gálvez, natural de Tepatepec, uma pequena cidade no estado de Hidalgo. De origem modesta, ela nasceu de pai indígena Otomi e mãe filha de indígena. Gálvez é uma engenheira e líder empresarial, conhecida por sua espontaneidade e uso de expressões coloquiais em seus discursos. Ela promete lutar contra a violência com os ovários, desafiando Sheinbaum a se libertar da tutela do presidente.

Apesar dos diferentes estilos, Sheinbaum é considerada a favorita nas eleições presidenciais. Segundo pesquisas recentes, a ex-prefeita está à frente de sua concorrente. No entanto, Gálvez está determinada a recuperar o atraso, despertando uma oposição significativa em apenas dois meses de campanha interna.

Politicamente, Gálvez afirma que toma emprestadas ideias dos três partidos que a apoiam: o liberalismo econômico do PAN, os ideais de justiça social do PRD e a herança institucional do PRI. Ela promete não permitir retrocessos nos direitos adquiridos, tanto para a comunidade LGBTQ+ quanto para as mulheres, mencionando o aborto descriminalizado e o casamento para todos como exemplos.

As eleições presidenciais no México prometem ser acirradas, com dois estilos diferentes de liderança feminina se enfrentando. Enquanto Sheinbaum busca dar continuidade às políticas de seu mentor e defender os mais pobres, especialmente as comunidades indígenas, Gálvez se apresenta como uma opção determinada a fazer a diferença e lutar pelos direitos adquiridos. Resta esperar e ver como esse confronto se desenrolará nas urnas.

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