Trump pretende ampliar suas declarações feitas previamente nas redes sociais, afirmando que o sindicato dos trabalhadores automotivos está frito caso não o apoie. Ele planeja falar aos trabalhadores não sindicalizados da Drake Enterprises, uma fornecedora de peças automotivas em um subúrbio de Detroit. Durante seu discurso, é esperado que Trump critique as políticas econômicas e os incentivos de Biden para promover veículos elétricos, argumentando que essas políticas estão por trás da mudança histórica da indústria automotiva nessa direção.
Durante sua gestão, Trump reduziu os impostos para as empresas do país, incluindo as gigantes automobilísticas, e nomeou pessoas para o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas que, segundo os sindicatos, enfraqueceram as proteções aos trabalhadores. Já o presidente Biden fez questão de comparecer ao piquete dos sindicalistas para mostrar seu apoio à causa dos trabalhadores e seus pedidos de aumento salarial.
A greve dos trabalhadores automotivos é considerada histórica, já que funcionários de três grandes empresas do setor estão participando: General Motors, Ford e Stellantis. E o fato de um presidente norte-americano em exercício se juntar a um piquete também é inédito. Durante seu discurso aos sindicalistas, Biden afirmou que eles merecem muito mais do que o que estão recebendo como pagamento atualmente.
O presidente da União dos Trabalhadores Automotivos, Shawn Fain, convidou Biden para se juntar ao piquete, e mais de 38 fábricas de 20 estados diferentes se juntaram à greve. A Casa Branca afirmou que Biden não irá interferir nas negociações entre os sindicalistas e as montadoras, mas que sua viagem mostra seu apoio aos sindicatos e reforça sua imagem como o presidente mais pró-sindicatos da história do país.
Essa disputa entre Trump e Biden em relação à indústria automotiva dos Estados Unidos reflete as diferenças de políticas econômicas e trabalhistas entre os dois candidatos. Enquanto Trump defende políticas de incentivo às empresas e uma redução de impostos, Biden apoia uma postura mais pró-trabalhador, com mais proteções e melhores salários. Essa questão é central nas eleições primárias e será um dos pontos de debate entre os candidatos.
