Apesar do resultado acima do esperado, a maioria dos apostadores ainda acredita que os juros nos Estados Unidos permanecerão inalterados, de acordo com o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni. Ele afirma que o mercado já entendeu que o Fed não tem condições de aumentar ainda mais os juros no momento, mas apenas fazer um aperto monetário mais prolongado.
Hoje também é um dia de alta nas commodities metálicas e energéticas, após a China anunciar uma redução nos depósitos compulsórios, em uma tentativa de impulsionar a economia local.
Às 10h51, o dólar estava sendo cotado a R$ 4,8810, uma queda de 0,74%. O dólar futuro para liquidação em outubro estava valendo R$ 4,8920, uma queda de 0,72%.
Enquanto isso, o DXY, índice que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, subiu 0,41%, impulsionado pela desvalorização do euro, que representa 60% da composição do índice.
A moeda europeia está reagindo à decisão do Banco Central Europeu (BCE) de aumentar os juros em 0,25 ponto percentual.
No cenário internacional, a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China segue causando incertezas, afetando as moedas dos países emergentes. Além disso, a recente turbulência política na Argentina também tem contribuído para a volatilidade nos mercados.
No Brasil, a aprovação da reforma da Previdência em segundo turno na Câmara dos Deputados trouxe um certo alívio aos investidores, mas o desafio agora é a aprovação no Senado. Os investidores também estão atentos aos desdobramentos da crise política na Venezuela, que pode ter impacto na economia brasileira.
A expectativa é de que o dólar continue volátil nos próximos dias, influenciado pelos acontecimentos internacionais e pelas incertezas políticas no Brasil e em outros países da América Latina. Os investidores devem ficar cautelosos e acompanhar de perto os indicadores econômicos e os eventos políticos que podem afetar o mercado cambial.
