O núcleo do CPI, que exclui os preços de alimentos e energia, teve uma alta de 0,3%, ligeiramente acima das expectativas. Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, essa queda do dólar indica um alívio no mercado, uma vez que temia-se que uma inflação acima do esperado pudesse levar o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) a adotar uma postura mais rigorosa na política monetária.
No entanto, Galhardo ressalta que esse alívio é temporário, já que ainda existem outros fatores que motivam a cautela por parte dos investidores, como a situação da economia chinesa e as questões domésticas.
De acordo com especialistas, a tendência para o dólar no curto prazo é continuar oscilando na faixa entre R$ 4,80 e R$ 5,00, até que haja alguma mudança relevante no cenário.
Às 10h30, o dólar era negociado a R$ 4,9361, com uma queda de 0,34%. Já no mercado futuro, o dólar para liquidação em outubro apresentava uma queda de 0,30%, cotado a R$ 4,94160.
Entre as moedas de países emergentes, destaque para o peso mexicano, considerado o principal par do real, que teve uma desvalorização de 0,32% em relação ao dólar.
O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas fortes, estava operando com uma baixa de 0,09%, atingindo 104,61 pontos.
Em resumo, o resultado do CPI dos Estados Unidos em agosto aliviou um pouco o mercado e contribuiu para a queda do dólar em relação a outras moedas, incluindo o real. No entanto, essa queda é considerada temporária, uma vez que ainda existem outros fatores que geram cautela entre os investidores. A tendência é que o dólar continue oscilando na faixa atual até que ocorram mudanças mais significativas no cenário econômico internacional.