Dólar opera em baixa com expectativas positivas para IPCA de 2025 e atenção aos dirigentes do Banco Central

O dólar operou em baixa no mercado à vista na manhã desta segunda-feira, 12, impulsionado pela queda do iene e pela redução da mediana do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 no boletim Focus. Essa foi a primeira baixa registrada desde março, refletindo também o apetite por ativos de risco em Nova York.

Os ajustes no mercado cambial repercutiram a leve valorização de outras moedas emergentes em relação ao dólar, como o peso mexicano, peso chileno e rand sul-africano. Esse cenário ocorreu em um contexto de alta persistente do petróleo após o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Com uma agenda esvaziada no exterior e as expectativas pela leitura do índice de inflação ao consumidor dos EUA em julho na quarta-feira, os investidores permanecem atentos às palestras de dirigentes do Banco Central, incluindo o presidente Roberto Campos Neto e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, cotado como seu possível sucessor.

No mercado interno, os juros curtos apresentaram alta na sexta-feira, após o IPCA de julho surpreender positivamente, aumentando as apostas em incrementos na taxa Selic nos próximos meses. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participará de um evento no início da tarde.

No Focus, as projeções indicam um aumento no IPCA 2024 e uma ligeira queda no IPCA 2025. O risco fiscal do governo Lula segue em destaque, especialmente considerando a retomada dos trabalhos no Congresso. A Câmara deve retomar a votação de projetos nesta semana, com um esforço concentrado para aprovar propostas de interesse da Mesa Diretora.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem como objetivo aprovar uma nova etapa da regulamentação da reforma tributária e uma PEC que endurece o combate às facções criminosas. Além disso, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado pretende analisar a PEC que concede autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central.

No Brasil, também são aguardados nos próximos dias os dados de junho do volume de serviços, o resultado do varejo restrito e ampliado, o IGP-10 de agosto e o IBC-Br de junho. Às 9h41, o dólar à vista registrava queda de 0,34%, sendo cotado a R$ 5,4963, enquanto o dólar para setembro recuava 0,27%, atingindo R$ 5,5090.

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