Os ajustes no mercado cambial repercutiram a leve valorização de outras moedas emergentes em relação ao dólar, como o peso mexicano, peso chileno e rand sul-africano. Esse cenário ocorreu em um contexto de alta persistente do petróleo após o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).
Com uma agenda esvaziada no exterior e as expectativas pela leitura do índice de inflação ao consumidor dos EUA em julho na quarta-feira, os investidores permanecem atentos às palestras de dirigentes do Banco Central, incluindo o presidente Roberto Campos Neto e o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, cotado como seu possível sucessor.
No mercado interno, os juros curtos apresentaram alta na sexta-feira, após o IPCA de julho surpreender positivamente, aumentando as apostas em incrementos na taxa Selic nos próximos meses. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participará de um evento no início da tarde.
No Focus, as projeções indicam um aumento no IPCA 2024 e uma ligeira queda no IPCA 2025. O risco fiscal do governo Lula segue em destaque, especialmente considerando a retomada dos trabalhos no Congresso. A Câmara deve retomar a votação de projetos nesta semana, com um esforço concentrado para aprovar propostas de interesse da Mesa Diretora.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem como objetivo aprovar uma nova etapa da regulamentação da reforma tributária e uma PEC que endurece o combate às facções criminosas. Além disso, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado pretende analisar a PEC que concede autonomia financeira e orçamentária ao Banco Central.
No Brasil, também são aguardados nos próximos dias os dados de junho do volume de serviços, o resultado do varejo restrito e ampliado, o IGP-10 de agosto e o IBC-Br de junho. Às 9h41, o dólar à vista registrava queda de 0,34%, sendo cotado a R$ 5,4963, enquanto o dólar para setembro recuava 0,27%, atingindo R$ 5,5090.