No Brasil, o dia também é de agenda esvaziada, com os investidores repercutindo a divulgação do último boletim Focus, que apontou um aumento de 0,25 ponto percentual no PIB deste ano, subindo de 2,31% para 2,56%. Segundo a equipe da Guide Investimentos, a agenda de indicadores será mais parada e o foco do mercado agora deve se voltar para as negociações do governo com o Congresso em torno da reforma tributária.
Na última sexta-feira (1), a Bolsa brasileira teve uma forte alta de 1,85%, encerrando o dia aos 117.892 pontos. Esse resultado foi impulsionado pela divulgação do PIB do segundo trimestre de 2023, que superou as expectativas do mercado, além do cenário favorável para ativos de risco no exterior. Com isso, o índice acumulou uma alta semanal de 1,77%.
Já o dólar registrou uma queda moderada, pressionado principalmente pelos dados de mercado de trabalho nos Estados Unidos, que reforçaram as apostas de uma pausa nos juros no país. A moeda fechou cotada a R$ 4,939, com uma desvalorização de 0,21% e uma alta acumulada de 1,32% na semana.
No cenário externo, o clima também foi de otimismo, o que impulsionou os ativos locais. O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou que a taxa de desemprego aumentou em agosto e os salários tiveram um crescimento moderado, indicando uma desaceleração do mercado de trabalho americano. Isso reforça as expectativas de que o Fed não deve aumentar as taxas de juros do país em sua próxima reunião.
Em relação ao desempenho do Ibovespa, o índice operou em forte alta ao longo do dia, impulsionado principalmente pela Vale, que teve uma valorização de 5,71% com as notícias positivas sobre a China e a alta do minério de ferro no exterior. A Petrobras também apresentou uma das principais altas, com ganho de 2,12% nas ações preferenciais e de 3,35% nas ações ordinárias, em um dia de alta do petróleo no mercado internacional.
No câmbio, o desempenho do dólar em relação ao real foi afetado pelo resultado do PIB brasileiro, que mostrou um dinamismo melhor do que o esperado na economia do país. Isso fortalece a confiança dos investidores em um bom desempenho dos ativos brasileiros e contribui para a atração de investimentos, segundo o analista de inteligência de mercado da Stonex, Leonel Mattos. Porém, os dados de emprego nos EUA fizeram a moeda americana cair em um ritmo mais forte, além de um movimento de correção após uma disparada registrada na última quinta-feira (31).
Além disso, os índices americanos também registraram alta com o otimismo em relação à política monetária do país. O S&P 500 e o Dow Jones subiram 0,18% e 0,33%, respectivamente, enquanto o Nasdaq permaneceu estável.
