Documento do G20 enfatiza taxação de super-ricos e promete esforços para reformas tributárias internas nos países membros.

Na cúpula do G20, a trilha de finanças está abordando questões de cooperação em tributação internacional, com um foco especial nos “indivíduos com patrimônio líquido muito elevado”, também conhecidos como super-ricos. O documento paralelo ao comunicado oficial do G20 sobre esse tema foi chamado de Declaração do Rio sobre Cooperação Tributária Internacional e promete esforços para reformas tributárias internas nos países.

Com sete páginas e 15 artigos, a declaração será assinada nesta sexta-feira pela presidência brasileira do G20. A proposta foi negociada e aprovada durante a conferência, com a versão final sendo divulgada na sexta-feira. O documento destaca a necessidade de impor uma taxação justa aos super-ricos e evitar práticas agressivas de evasão fiscal que minam a justiça tributária.

Mesmo com o apoio de diversos países membros e convidados, alguns ainda resistem a compromissos mais efetivos no que diz respeito à taxação internacional. A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, afirmou que um acordo formal ainda não é considerado necessário ou desejado.

A proposta brasileira de taxar grandes fortunas com o objetivo de financiar esforços contra as mudanças climáticas também está presente no documento. Embora não haja uma conexão explícita entre a tributação internacional e as questões climáticas, a proposta visa abordar a falta de financiamento para o combate às mudanças climáticas.

Os últimos parágrafos do documento reforçam os compromissos dos países do G20 em fortalecer os esforços de reforma interna e garantir uma tributação mais efetiva para os ultra-ricos. A cooperação internacional e o intercâmbio de melhores práticas são apontados como formas de combater a evasão fiscal e garantir uma tributação progressiva mais justa.

Em meio às negociações e resistências, a aprovação do documento foi vista como uma conquista ética e moral pelo ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad. Mesmo sem compromissos automáticos, o documento representa um avanço na discussão sobre a taxação de grandes fortunas a nível internacional.

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