Segundo as informações geográficas do Censo, o Sudeste é a região mais densamente povoada, enquanto áreas desabitadas são encontradas especialmente no Norte, incluindo o oeste de Roraima e grande parte do Amazonas. Este é o primeiro Censo a ter seu cadastro de endereços totalmente referenciado geograficamente, o que permite uma localização mais precisa da população brasileira e embasa políticas públicas.
O detalhamento do local por meio das coordenadas geográficas representa um avanço em relação às grades estatísticas introduzidas no Censo Demográfico de 2010. Este avanço possibilita diferenciar cada endereço de uma rua, abrangendo tanto domicílios quanto estabelecimentos comerciais, religiosos, de saúde ou de educação.
As coordenadas geográficas também revelam curiosidades, como as 18 cidades no Brasil que contavam com mais domicílios do que habitantes em 2022, como Matinhos (PR) e Mangaratiba (RJ). As informações também permitem analisar a relação entre o número de estabelecimentos e o número de moradores de uma determinada cidade, como o exemplo de São José do Ribamar, no Maranhão, que tinha a menor presença de estabelecimentos de saúde no país.
É importante ressaltar que esses dados não têm relação com os cadastros dos ministérios da Saúde ou da Educação, pois os critérios de classificação do IBGE são próprios. O uso das coordenadas geográficas também permite análises detalhadas, como a sobreposição dos dados coletados por recenseadores com as informações de mapeamento da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, para identificar áreas de risco e distância de domicílios para serviços públicos.
Com números precisos e um detalhamento geográfico mais abrangente, o Censo Demográfico do IBGE fornece informações valiosas para compreender a distribuição da população brasileira e embasar políticas públicas em todo o país.
