Repórter São Paulo – SP – Brasil

Dirigentes do BCE discutem retirada gradual da restrição monetária diante da incerteza sobre a inflação na zona do euro.

Dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) estão considerando a possibilidade de retirar gradualmente as restrições monetárias, como discutido na reunião realizada nos dias 11 e 12 de setembro. De acordo com a ata divulgada nesta quinta-feira, 10, a incerteza em relação à resolução do problema da inflação na zona do euro levou à decisão de cortar a taxa de depósitos em 25 pontos-base e as demais taxas de juros em 60 pontos-base.

A discussão durante a reunião do BCE refletiu a preocupação dos dirigentes em relação à trajetória da inflação na região. Mesmo com sinais de recuperação econômica, a ata destacou que não era possível afirmar categoricamente que o problema da inflação estava resolvido. As projeções trimestrais e as recentes surpresas relacionadas à inflação de serviços contribuíram para a avaliação cautelosa dos membros do BCE.

Além disso, a ata revelou que os dirigentes acreditam que a inflação na zona do euro deve voltar a ganhar força na segunda metade do ano, embora a perspectiva econômica do bloco tenha se tornado mais preocupante. A recuperação projetada foi descrita como “frágil”, indicando a sensibilidade do cenário econômico atual.

Em setembro, a taxa anual da inflação ao consumidor na zona do euro registrou uma desaceleração para 1,8%, em comparação com 2,2% em agosto, ficando abaixo da meta oficial de 2% do BCE pela primeira vez desde meados de 2021. Diante desse contexto, o BCE, que já reduziu os juros em duas ocasiões ao longo do ano, anunciará sua próxima decisão de política monetária no dia 17 de outubro.

A discussão entre os dirigentes do BCE destaca a complexidade e a sensibilidade do atual cenário econômico na zona do euro, ressaltando a importância de medidas cautelosas e estratégicas para garantir a estabilidade financeira e o controle da inflação.

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