De acordo com a dirigente do FMI, a inflação na Argentina atingiu três dígitos e o país enfrenta uma escassez de reservas, além de um aumento nos níveis de pobreza. Georgieva elogiou a decisão do governo de buscar eliminar múltiplas taxas de câmbio, estabelecer uma meta para o déficit e encerrar o déficit neste ano, visando um superávit de 2%. Ela também destacou a intenção do governo de ancorar as políticas sem mais financiamento monetário do banco central e de construir mais proteção social para as pessoas vulneráveis.
A diretora-gerente do FMI ressaltou que até o momento ela tem visto “uma boa equipe em ação” na condução da política econômica argentina, liderada por um presidente “muito pragmático, não confinado ideologicamente, mas olhando os meios pelos quais pode tirar o país dessa dificuldade”.
Sobre um possível novo programa do FMI para a Argentina, Georgieva afirmou que, neste momento, o Fundo não está discutindo essa possibilidade, pois o governo decidiu corretamente levar o programa existente de volta aos trilhos. No entanto, ela destacou que “obviamente há riscos” para o país, mas reiterou o apoio contínuo do FMI à população argentina.
A repercussão das declarações de Georgieva sobre a situação econômica da Argentina e a avaliação positiva do FMI em relação às medidas adotadas pelo governo de Javier Milei têm gerado debates e análises entre economistas e especialistas, revelando um interesse significativo sobre o futuro do país e a continuidade das políticas econômicas implementadas. A opinião da diretora-gerente do FMI trouxe uma lente adicional para entender a dinâmica da economia argentina e as expectativas em relação às ações do governo e seus potenciais impactos.