Durante seu discurso, Bowman destacou que o sistema bancário dos Estados Unidos está muito mais bem capitalizado do que durante a crise financeira de 2008. Ela ressaltou a importância de equilibrar a segurança no setor bancário com uma abordagem que não sobrecarregue excessivamente os bancos, uma vez que a manutenção de capital representa um custo para as instituições financeiras.
A diretora do Fed também mencionou que agências federais dos Estados Unidos apresentaram propostas de mudanças nas reformas de capital em julho de 2023, como parte da implementação das medidas de Basileia III. Essas mudanças propostas incluem elevar substancialmente o colchão de capital regulatório e as exigências de capital mínimo para todos os bancos com mais de US$ 100 bilhões em ativos, independentemente de suas atividades internacionais.
Contudo, Michelle Bowman também alertou para a necessidade de ajustar de forma apropriada as mudanças propostas, a fim de evitar um excesso na regulação que ela vê nas propostas ainda sob consideração. Ela enfatizou que o capital não é algo sem custo para os bancos e expressou o desejo de alcançar um “compromisso razoável” entre a proteção contra riscos e a evitação de um peso excessivo sobre o setor bancário.
O discurso de Bowman reflete as preocupações e discussões em andamento sobre a reforma no capital bancário nos Estados Unidos. Suas declarações indicam a importância de encontrar um equilíbrio entre a segurança no setor financeiro e a não imposição de encargos excessivos sobre os bancos, enquanto buscam atender às exigências regulatórias e reduzir o risco sistêmico.
Portanto, a abordagem de Michelle Bowman destaca a complexidade e a sensibilidade das discussões em torno da reforma no capital bancário, e as considerações que devem ser feitas para garantir a estabilidade do sistema financeiro sem impactar negativamente a atividade bancária nos Estados Unidos.