No entanto, a situação mudou novamente perto do fechamento, quando declarações consideradas “hawkish” do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, levaram as taxas a inverter o sinal de baixa. Essas declarações, feitas durante o 15º Congresso Brasileiro das Cooperativas de Crédito, em Belo Horizonte (MG), trouxeram preocupações sobre a possibilidade de a nova diretoria do BC ser mais leniente com a inflação e não subir os juros, se necessário. Galípolo enfatizou a importância de o BC manter a credibilidade e perseguir a meta estabelecida.
Os investidores também estavam atentos ao mercado externo, com os Treasuries subindo e o dólar perdendo terreno para outras moedas mais arriscadas. Essa busca por ativos de risco deslocou fluxo dos Treasuries para as bolsas, contribuindo para a volatilidade nos mercados acionários.
No entanto, o otimismo com a recuperação da economia dos Estados Unidos foi contido por dados mistos, como o número semanal de pedidos de auxílio-desemprego, que surpreendeu positivamente, e o crescimento dos estoques do atacado abaixo do esperado. Essas informações indicam que os receios de uma desaceleração brusca da economia norte-americana podem ter sido exagerados.
No cenário doméstico, a expectativa em relação ao IPCA de julho também influenciou os mercados, com os investidores aguardando uma aceleração da inflação. A possibilidade de uma surpresa positiva nos dados pressionou as taxas futuras de juros para cima.
Em resumo, o dia foi de alta volatilidade nos mercados, com os investidores reagindo a uma série de notícias e eventos, tanto no cenário doméstico quanto no internacional. A incerteza em relação à política monetária do Banco Central e aos indicadores econômicos futuros mantiveram os juros futuros em destaque, refletindo a cautela dos investidores em um ambiente de incertezas e volatilidade.