Segundo o diretor, o banco está apegado à meta de 3% e as expectativas de inflação têm se mostrado acima desse patamar, o que exige um acompanhamento cuidadoso dos dados econômicos. Galipolo destacou que a inflação projetada para os próximos 18 meses está acima da meta e que a situação no setor de serviços também apresenta desconforto.
Além disso, o diretor enfatizou que os limites de tolerância do intervalo do alvo do regime em vigor no país não foram estabelecidos para facilitar a política monetária, mas sim para garantir que o BC siga perseguindo a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional. Ele ressaltou a importância de respeitar esse conceito para fortalecer o arcabouço do BC.
Galipolo também comentou sobre a melhora das perspectivas para a atividade econômica, destacando a atenção necessária para evitar desequilíbrios entre o crescimento da demanda e da oferta. Ele citou indicadores positivos, como o baixo nível de desemprego, o aumento da renda e o crescimento do PIB, mas ressaltou a importância de garantir que esse crescimento econômico não gere pressões inflacionárias.
Em relação à possível alta de juros, o diretor afirmou que foi fundamental afastar o ceticismo do mercado sobre a disposição do BC em adotar medidas para controlar a inflação. Ele ressaltou que o banco está atento aos dados econômicos e está preparado para agir conforme necessário para manter a estabilidade econômica do país. Em meio a um contexto de otimismo com a retomada da atividade econômica, o Banco Central se mostra vigilante e disposto a adotar medidas para garantir o equilíbrio e o controle da inflação.