O tema em questão é de extrema importância devido às recentes eleições realizadas na Venezuela em 28 de julho, que resultaram na reeleição do presidente Nicolás Maduro, que está no poder desde 2013. No entanto, a oposição contesta o resultado, alegando a vitória de González Urrutia e exigindo a divulgação das atas eleitorais pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) para comprovar os totais de votos de cada candidato.
Inicialmente, o deputado Roberto Monteiro Pai, do PL do Rio de Janeiro, propôs convidar líderes da oposição, incluindo González Urrutia, e o embaixador da Venezuela no Brasil para participarem da comissão. No entanto, o senador Nelsinho Trad argumentou que o Ministério das Relações Exteriores possui mais “legitimidade” para abordar o assunto e explicar aos parlamentares a posição do Brasil em relação à questão.
Além disso, durante a reunião, foi aprovada a formação de um grupo de trabalho para elaborar um procedimento para a escolha do parlamentar responsável pela presidência rotativa do Parlasul no próximo ano, cargo que será ocupado pelo Brasil no período de 2025 a 2027. O grupo será composto pelos senadores Sérgio Petecão, do PSD do Acre, e Chico Rodrigues, do PSB do Amapá, e pelos deputados Heitor Schuch, do PSB do Rio Grande do Sul, e Greyce Elias, do Avante de Minas Gerais.
A próxima reunião do Parlasul está marcada para acontecer na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná, entre os dias 17 e 19 de agosto. A agenda inclui uma sessão deliberativa, uma audiência pública sobre a gestão de fluxos e veículos nas fronteiras e uma sessão especial sobre a usina hidrelétrica de Itaipu. Os projetos em discussão abrangem temas como combate ao crime organizado, trabalho infantil, relações do Mercosul com países da região e uma agenda de combate à fome. Também está prevista a deliberação de acordos para o envio de uma missão internacional observadora para as eleições municipais do Brasil em outubro.
