Dia Nacional do Samba: Elementos da trajetória do samba e a influência das mulheres na sua história e desenvolvimento.

No dia 2 de dezembro, é celebrado o Dia Nacional do Samba. A data foi instituída por um vereador baiano para homenagear o compositor mineiro, autor do sucesso “Na Baixa do Sapateiro”, pela primeira visita a Salvador. Posteriormente, a celebração se espalhou por todo o país. A partir dos batuques africanos até as rodas de samba que conhecemos hoje, muitos elementos foram incorporados nessa evolução. A casa da famosa baiana Tia Ciata, situada na região central do Rio de Janeiro, é considerada um dos marcos importantes nessa trajetória. Ali, no coração do território que ficaria conhecido como Pequena África, nasceu o primeiro samba a ser gravado, “Pelo Telefone”, de autoria do compositor Donga.

O samba, no início, tinha um ritmo mais próximo do maxixe, mas por volta dos anos 1920, um grupo do bairro do Estácio viu a oportunidade de criar a primeira escola de samba, a Deixa Falar, que nunca desfilou. Esse grupo, composto por figuras como Mano Elói, Ismael Silva e Bide, também criou sambas de sucesso que atravessaram gerações e ainda são entoados nas rodas de samba espalhadas pelo Brasil.

Segundo a pesquisadora e jornalista Maíra de Deus Brito, o samba nasceu nos terreiros, ganhando outras nuances ao se estabelecer no Rio de Janeiro. No entanto, desde o início, as mulheres tiveram um papel fundamental na história do samba, mas ainda buscam reconhecimento. Em 2018, foi realizado o primeiro Encontro Nacional de Mulheres na Roda de Samba, marcando um passo na luta por um espaço mais democrático.

A cultura do samba é influenciada por diversos ritmos e valores culturais locais em cada região do país. Em 2007, o Instituto Histórico e Artístico Nacional reconheceu três gêneros do samba carioca como patrimônio cultural: rodas que cantam partido-alto, samba de terreiro e samba enredo.

O programa “Caminhos da Reportagem”, da TV Brasil, apresentará uma reportagem especial sobre o samba para marcar essa data. A reportagem vai ao ar no domingo (3), às 22h, na TV Brasil. Essa produção destacará a importância do samba como uma expressão cultural que se mantém em constante reinvenção, mantendo seu espaço mesmo diante da profissionalização e grande sucesso comercial do Carnaval.

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