Em nota técnica, a CLP argumentou que os cortes mais caros e os produtos com maior valor agregado são mais frequentemente consumidos pelas classes socioeconômicas mais altas, o que poderia gerar uma maior vantagem para esse grupo com a desoneração das carnes. Por outro lado, a entidade defende que isentar apenas o frango poderia ter um efeito mais equalizador, já que é um item de maior consumo nas classes mais baixas.
Além disso, a retirada das armas de fogo do Imposto Seletivo também foi criticada pela CLP, que apontou que essa medida pode contribuir para o aumento da violência, facilitando o acesso a esses produtos. A entidade destacou que a isenção de armas de fogo do imposto vai contra a vasta literatura científica que relaciona a maior acessibilidade de armas com taxas elevadas de violência.
Diante disso, a CLP ressaltou que a medida de retirar as armas do Imposto Seletivo ignora as experiências nacionais anteriores que demonstraram os benefícios das políticas de controle de armas. A entidade defende que é fundamental promover políticas que contribuam para a redução da violência e não para o aumento da facilidade de acesso a armas de fogo.