Essa ação da Polícia Federal faz parte de uma série de diligências, que incluíram a revista de 44 endereços, no âmbito do inquérito que resultou no afastamento de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, incluindo o presidente Sergio Fernandes Martins. Além do dinheiro encontrado na residência de Cardoso, um cofre também foi confiscado durante o cumprimento de outro mandado de busca e apreensão.
Durante as buscas, os investigadores ainda encontraram um grande arsenal de espingardas e revólveres. A Operação Última Ratio foi deflagrada por ordem do ministro Francisco Falcão, do Superior Tribunal de Justiça, que detalhou as suspeitas que recaem sobre todos os investigados, incluindo Julio Cardoso.
A polícia solicitou a prisão do desembargador aposentado, que se aposentou recentemente, mas o pedido foi negado pelo ministro Falcão, seguindo parecer do Ministério Público Federal. Mesmo assim, foi autorizada a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Cardoso, o que permitirá uma investigação mais aprofundada sobre suas transações financeiras, incluindo a compra de imóveis em Campo Grande e na Bahia.
Essa ação da Polícia Federal e a investigação em curso causaram um grande impacto no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, com o Ministro Falcão determinando medidas direcionadas a alguns desembargadores, magistrados e servidores do Tribunal. O Tribunal se manifestou afirmando que os investigados terão direito à defesa e que os fatos ainda estão sob investigação, sem um juízo de culpa definitivo até o momento. O papel da justiça no estado continua sendo prestado com eficiência, apesar das investigações em curso.






