De acordo com o órgão responsável pelos registros de propriedade comercial na Espanha, quase 7.000 empresas transferiram suas sedes para fora da Catalunha desde 2017. Nomes emblemáticos e historicamente arraigados na região, como CaixaBank, Banco Sabadell, Naturgy e Cellnex, estão entre as companhias que migraram para outras regiões do país, como Madrid, Valência e Málaga.
Essa movimentação é vista como uma traição pelo movimento separatista, que culpa o governo espanhol, então liderado pela direita, de promover essa saída de empresas por meio de um decreto que facilitou a mudança de sede sem a aprovação dos acionistas. A situação é vista como um ponto de atrito entre a Catalunha e o restante da Espanha.
Muitos membros do Junts, partido separatista, criticam a continuidade desse decreto e o consideram um obstáculo para a resolução desse impasse. O partido colocou a questão na mesa como condição para sua abstenção em uma votação crucial para o governo no Congresso. A insatisfação em relação a esse tema ainda é um ponto de tensão em meio às negociações entre as partes.
Esse contexto cria um cenário incerto para o futuro das relações entre a Catalunha e o governo espanhol. A falta de detalhes sobre a promessa de atrair as empresas de volta para a região cria desconfiança e mantém vivo o clima de tensão e incerteza. A resolução desse impasse é fundamental para a estabilidade da região e para o restabelecimento de relações mais harmoniosas entre as partes envolvidas.