Na lista, o número 13 foi substituído por 12+1. No último sábado (17), a lista indicava que 91 parlamentares estavam confirmados para comparecer ao ato na avenida Paulista, em São Paulo. Surpreendentemente, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) aparece no que seria a 13ª posição, ou 12+1.
Ao ser procurada pelo Painel, Zambelli explicou que evitar o número 13 é algo comum entre bolsonaristas, inclusive em sua vida pessoal. A deputada afirmou que isso é uma prática corriqueira entre os apoiadores de Bolsonaro, e citou até um restaurante de um amigo que não tem a mesa 13 por causa do PT, pulando o número. Ela ressaltou que normalmente nem o nome é colocado no lugar do 12+1, mas que desta vez a informação é necessária para confirmar o número correto de parlamentares presentes na manifestação.
Essa superstição em relação ao número 13 mostra o quanto a polarização política tem marcado até mesmo detalhes aparentemente banais na vida dos apoiadores do presidente. Evidencia também a força simbólica que certos números podem ter em meio a um cenário político tão polarizado como o brasileiro.
É interessante observar como manifestações políticas podem até mesmo influenciar crenças e comportamentos pessoais, como é o caso do receio dos bolsonaristas em relação ao número 13, um claro reflexo da polarização política que permeia a sociedade brasileira.