A Operação Discalculia foi aberta para investigar o deputado e seus assessores, revelando que eles sabiam da gravidade dos desvios. A Polícia Federal apontou que Gayer era o “autor intelectual” de um esquema de desvio de cota parlamentar, utilizando uma organização social criada com documentos falsificados. O nome da operação faz referência a essa empresa fraudulenta.
Os investigadores destacaram que o deputado tinha uma postura de comando em relação aos empreendimentos, orientando a equipe e monitorando as vendas. Além disso, descobriram que a loja Desfazueli, registrada em nome do filho de Gayer, era uma continuação das operações realizadas anteriormente sob o nome de Bolsonarius.
Durante a investigação, mensagens trocadas entre o assessor do deputado e um secretário parlamentar mostraram que eles reconheciam a gravidade das irregularidades e temiam que Gayer se tornasse alvo de memes, como aconteceu com uma funcionária pública em 2015 que fugiu de uma repórter. Os diálogos indicaram que Gayer era visto como uma “vidraça” e que a ilegalidade dos atos cometidos estava clara.
A Polícia Federal ainda apontou que o assessor do deputado usou uma empresa de marketing, contratada pelo gabinete de Gayer, para contornar as leis e receber pagamento por serviços prestados. Ao todo, ele teria recebido R$24 mil em três parcelas mensais. Esses registros foram encontrados no celular do assessor, que foi preso sob suspeita de ter envolvimento nos desvios de recursos públicos.
A operação continua em andamento e novas informações podem surgir à medida que as investigações avançam. Gustavo Gayer enfrenta agora um cenário delicado e deve prestar esclarecimentos à justiça sobre as acusações que pesam contra ele e seus assessores.