O caso foi encaminhado ao ministro Luiz Fux, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), em um desdobramento das denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no final do ano passado. Na ocasião, reportagens e notícias-crime apontaram que o deputado teria solicitado o repasse de parte dos salários de seus assessores para auxiliar em campanhas eleitorais, através de áudios enviados pelo Whatsapp desde 2019.
De acordo com a PF, foram identificadas variações significativas no patrimônio de Janones nos anos de 2019 e 2020, com valores a descoberto de R$ 64,4 mil e R$ 86,1 mil, respectivamente. A Polícia Judiciária afirmou que, somados aos demais elementos coletados durante a investigação, esses dados reforçam a suspeita de prática de rachadinha no gabinete do deputado.
A Agência Brasil tentou contatar o gabinete de André Janones para obter um posicionamento sobre o assunto, mas até o momento não obteve retorno. O espaço permanece aberto para manifestação do deputado ou de sua equipe.
O indiciamento de um parlamentar por um crime tão grave como a rachadinha certamente terá repercussões significativas no cenário político nacional. Este caso apenas reforça a importância da transparência e da ética no exercício de cargos públicos, além de ressaltar a necessidade de investigações rigorosas para combater possíveis práticas ilícitas no ambiente político.