Durante uma coletiva de imprensa, o prefeito Sebastião Melo (MDB) enfatizou a necessidade do corredor para garantir o fluxo de recursos essenciais, como comida e ambulâncias, além de permitir a passagem de equipes de resgate e apoio em situações de emergência. A medida também envolve a criação de uma pista de acesso provisória, com a colocação de pedras e brita em trechos da Avenida Castelo Branco, parcialmente coberta pelas águas da inundação.
Diante dos desafios logísticos enfrentados por veículos que transportam doações e suprimentos básicos entre as cidades de Porto Alegre e Canoas, a previsão é de que a via alternativa seja concluída até o fim da sexta-feira, 10, com a demolição da passarela realizada pela manhã. A região enfrenta bloqueios em diversas vias e rodovias, o que tem prejudicado a circulação de itens essenciais e complicado as operações de resgate e assistência às vítimas.
Os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul já atingiram mais de 1,7 milhão de pessoas em 431 municípios do Estado, com milhares de desabrigados e desalojados. Porto Alegre registrou pelo menos quatro óbitos em decorrência das inundações, mas as autoridades alertam que os números ainda são preliminares e tendem a aumentar nas próximas semanas.
Diante do cenário de calamidade, cidades da região metropolitana sofrem com a escassez de insumos médicos, alimentos e água potável, gerando uma corrida em direção ao litoral em busca de condições mais seguras. A situação delicada exige ações rápidas e eficazes por parte das autoridades públicas e da sociedade civil para minimizar os impactos e prestar assistência às comunidades afetadas.