Moraes analisou o contexto histórico que levou ao surgimento de líderes autoritários como Mussolini e Hitler, ressaltando a necessidade de se compreender as causas do descontentamento social para evitar a ascensão dessas figuras. Ele também alertou para o papel das redes sociais na disseminação de discursos de ódio e desinformação, e defendeu a regulação das plataformas para combater esse problema.
O ministro apontou que os extremistas digitais não atacam apenas o Judiciário, mas também a imprensa tradicional, buscando desacreditar fontes confiáveis de informação em prol de suas narrativas manipuladoras. Ele enfatizou a necessidade de se punir aqueles que contribuem para a disseminação de notícias falsas e discursos de ódio nas redes sociais.
O cientista político italiano Riccardo Marchi trouxe um panorama do avanço da ultradireita nas eleições para o Parlamento Europeu, destacando o crescimento consistente dos radicais e extremistas em diversos países. Marchi ressaltou a importância de se monitorar o avanço desses grupos e impedir que ameacem as maiorias de centro.
No encerramento do debate, o advogado e político Vitalino Canas ressaltou o avanço da ultradireita em diferentes regiões do mundo, incluindo a Índia, onde o primeiro-ministro Narendra Modi tem sido alvo de críticas por suas políticas autoritárias. Por fim, Moraes afirmou que é possível combater os autoritarismos conhecendo suas estratégias e destacou a independência do poder Judiciário brasileiro na defesa da democracia. O Fórum de Lisboa trouxe à tona importantes discussões sobre o futuro da democracia representativa em um contexto de crescente polarização e extremismo político global.