Demissão de Prates da Petrobras causa volatilidade no mercado, com dólar em alta e bolsa de valores em queda.

No dia seguinte à demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, o mercado financeiro teve um dia de intensa volatilidade. O dólar iniciou as negociações em alta, mas ao longo do dia, conseguiu se estabilizar devido a notícias positivas provenientes dos Estados Unidos. Por outro lado, a bolsa de valores encerrou o dia em queda, influenciada principalmente pelo peso dos papéis da petroleira no mercado de ações.

O dólar comercial fechou a quarta-feira sendo vendido a R$ 5,137, registrando um aumento de 0,12%. O valor da moeda norte-americana iniciou o dia em R$ 5,17, porém, recuou após a divulgação de que a inflação nos Estados Unidos apresentou uma queda no mês de abril. Em um determinado momento do dia, por volta das 12h30, o dólar chegou a atingir o valor de R$ 5,12.

No acumulado de maio, o dólar está apresentando uma queda de 1,08%. Por outro lado, em 2024, a divisa já registra uma alta de 5,85%.

No que diz respeito ao mercado de ações, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia com 128.058 pontos, apresentando uma queda de 0,38%. Mesmo com um cenário positivo nas bolsas internacionais, a bolsa brasileira registrou uma baixa, em função das ações da Petrobras, que foram as mais negociadas.

As ações ordinárias da Petrobras encerraram o dia sendo negociadas a R$ 40,02, registrando uma queda de 6,78%. Enquanto isso, as ações preferenciais da empresa fecharam a R$ 38,40, com uma queda de 6,04%. Durante um intervalo de 20 minutos, das 12h30 às 12h50, a negociação das ações da estatal foi suspensa, devido à divulgação de um fato relevante sobre a destituição de Jean Paul Prates e do diretor financeiro, Sergio Caetano Leite.

Apesar da turbulência no mercado acionário, o cenário internacional proporcionou certa estabilidade. A inflação ao consumidor nos Estados Unidos registrou 0,3% em abril, uma desaceleração se comparada com os 0,4% dos meses de fevereiro e março. Esses dados reduzem a pressão para que o Federal Reserve (FED), Banco Central norte-americano, adie o início do corte de juros na maior economia do mundo para o próximo ano.

O mercado financeiro segue atento às movimentações da Petrobras e aos desdobramentos da sucessão na presidência da empresa, enquanto também acompanha atentamente os eventos no cenário internacional que podem impactar as negociações no Brasil nas próximas semanas.

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