Dentre os temas que sofreram reduções estão as reformas eleitoral e fiscal, que foram integralmente apagadas do texto original. Além disso, as pretensões do presidente em áreas como trabalhista, imposto de renda e reajuste das aposentarias foram suprimidas parcialmente.
Outro ponto importante é o prazo de validade dos poderes excepcionais concedidos a Milei, que caiu para um ano. A prorrogação desses poderes está condicionada à aprovação prévia do Congresso, o que significa que o presidente pode ter suas ações limitadas pelos parlamentares ao final dos primeiros 12 meses de gestão.
No que diz respeito às privatizações, o projeto original previa o fechamento ou transferência à iniciativa privada de 47 empresas estatais, mas o texto aprovado reduziu esse número para 27. A estatal petrolífera YPF, considerada uma das joias da coroa, foi excluída da lista de privatizações.
Apesar dos recuos impostos pela Câmara, o jogo ainda não está definido. O projeto passará por uma nova discussão na próxima terça-feira, onde os deputados poderão propor ajustes antes de enviá-lo ao Senado. Portanto, o cenário ainda pode mudar nas próximas etapas.
Por fim, vale ressaltar que a aprovação das reformas não passou despercebida pela população, que foi às ruas protestar contra as medidas. Os confrontos resultaram em dezenas de feridos, incluindo jornalistas e policiais. O presidente Milei, que buscava um amplo apoio político para suas reformas, obteve um resultado parcial bem inferior ao que esperava.
Portanto, a jornada do presidente recém-empossado está longe de ser tranquila. Ainda há muitas batalhas pela frente, tanto no âmbito legislativo quanto nas ruas, onde a população demonstra seu descontentamento com as reformas propostas pelo governo.






