Déficit nominal do setor público atinge R$113,858 bilhões em fevereiro, pior resultado desde 2021, aponta relatório econômico.

O setor público brasileiro apresentou um déficit nominal de R$ 113,858 bilhões em fevereiro, de acordo com dados recentes divulgados. Esse resultado representa uma reversão em relação ao superávit de R$ 22,232 bilhões registrado em janeiro. Além disso, o déficit observado em fevereiro de 2024 foi maior do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, que foi de R$ 90,606 bilhões.

No acumulado do ano até fevereiro, o déficit nominal já atinge a marca de R$ 91,626 bilhões, o equivalente a 5,16% do Produto Interno Bruto (PIB). E considerando os últimos 12 meses, o déficit nominal nas contas consolidadas do país atingiu um valor alarmante de R$ 1,015 trilhão – o pior resultado desde janeiro de 2021, representando 9,24% do PIB. No ano anterior, o déficit havia sido de R$ 967,417 bilhões, equivalente a 8,90% do PIB.

O déficit nominal corresponde à diferença entre as receitas e despesas do setor público, levando em conta o pagamento dos juros da dívida pública. No mês de fevereiro, o governo central registrou um déficit nominal de R$ 114,750 bilhões, enquanto os governos regionais apresentaram um superávit de R$ 839 milhões e as empresas estatais tiveram um superávit de R$ 53 milhões.

Além disso, a Dívida Bruta do Governo Geral aumentou em fevereiro, atingindo o valor de R$ 8,301 trilhões, o que representa 75,5% do PIB. Esse número é superior aos 75,1% registrados em janeiro e aos 74,4% de dezembro. A dívida bruta é um indicador fundamental para as agências de classificação de risco avaliarem a capacidade de solvência do país, sendo que quanto maior a dívida, maior o risco de inadimplência.

Por sua vez, a Dívida Líquida do Setor Público subiu para 60,9% do PIB em fevereiro, ante 60,1% em janeiro, totalizando R$ 6,693 trilhões. Esse valor é menor do que o da dívida bruta, uma vez que leva em consideração as reservas internacionais do país. A análise desses números reflete a situação financeira desafiadora enfrentada pelo setor público brasileiro e a necessidade de políticas econômicas eficazes para reverter esse cenário preocupante.

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