O debate na comissão foi fervoroso, com Jorge Seif defendendo a retomada da pesca de arrasto na costa gaúcha. Ele argumenta que essa atividade é importante para a economia do estado e que as restrições ambientais podem ser atendidas com medidas de controle e fiscalização. Por outro lado, representantes do governo federal se manifestaram contrários ao retorno da pesca de arrasto devido aos impactos ambientais causados pela prática, como a matança de espécies marinhas e a destruição do habitat local.
A pesca de arrasto por embarcações motorizadas é conhecida por seu método de captura, no qual uma rede é arrastada pelo fundo marinho, capturando indiscriminadamente diversos tipos de peixe, crustáceos e outros organismos marinhos. Essa prática tem sido alvo de críticas e restrições em todo o mundo devido aos danos ambientais que causa. Além da captura excessiva de espécies, o arrasto no fundo do mar provoca a destruição dos ecossistemas marinhos, comprometendo a biodiversidade e a sustentabilidade dos recursos pesqueiros.
No caso específico da costa gaúcha, a proibição da pesca de arrasto por embarcações motorizadas foi estabelecida em razão das questões ambientais mencionadas anteriormente. A matança de espécies marinhas e a destruição do habitat local são consideradas impactos indesejáveis para o equilíbrio dos ecossistemas marinhos, prejudicando a pesca artesanal e a biodiversidade local.
Diante desse cenário, a decisão sobre a retomada ou não da pesca de arrasto na costa do Rio Grande do Sul é um tema que requer um cuidadoso debate entre as questões econômicas e ambientais envolvidas. Cabe aos legisladores avaliar os argumentos apresentados pelos diferentes atores envolvidos e buscar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. A audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária representa um importante espaço para a discussão desse tema e a tomada de decisões que possam garantir a sustentabilidade da atividade pesqueira no Brasil.