No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro também é conhecido por seu estilo de liderança beligerante e discurso agressivo. Assim como Trump, Bolsonaro desperta paixões fervorosas em seus seguidores, que muitas vezes se manifestam de forma violenta nas redes sociais e até mesmo em manifestações presenciais.
Tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, há uma parcela da população que se identifica com essa postura agressiva e se sente representada pelos líderes que a adotam. Esses seguidores acreditam que estão lutando por uma causa, seja ela a defesa do conservadorismo ou a preservação dos valores tradicionais, e veem nesses líderes a voz que os representam.
No entanto, o que é preocupante é quando essa retórica extremista ultrapassa o campo das palavras e se transforma em ações concretas, como ocorreu no episódio do Capitólio. É nesse momento que devemos questionar até que ponto os líderes são responsáveis pelas ações dos seus seguidores.
No caso de Bolsonaro, vemos uma polarização política cada vez mais intensa no Brasil. Seus apoiadores se sentem encorajados pelo presidente a agir de forma hostil e desrespeitosa com aqueles que pensam diferente deles. Isso se manifesta tanto nas redes sociais, onde a disseminação de notícias falsas e ofensas é constante, quanto em manifestações presenciais, onde ataques verbais e até mesmo físicos ocorrem com frequência.
Portanto, é inegável que existe uma conexão entre a pregação de Bolsonaro e o comportamento de seus seguidores. Enquanto a liderança do presidente se baseia em discursos inflamados, seus seguidores sentem-se encorajados a reproduzir essa mesma postura agressiva. A questão que se coloca é: até que ponto o presidente é responsável por essas ações?
Os líderes políticos têm uma enorme influência sobre seus seguidores, sendo capazes de incitar ações positivas ou negativas. É preciso que eles tenham consciência dessa responsabilidade e utilizem seus discursos para promover o diálogo, o respeito e a união, em vez de alimentar a violência e o extremismo. Caso contrário, podemos acabar presenciando eventos tão trágicos quanto o que ocorreu nos Estados Unidos.